Lucia (Novel) - Extra 2.2
Em Outro Futuro – Hugo Parte (II)
A limpeza do Conde de Matin, um suposto “pequeno ato” estava se espalhando no ritmo de um caracol. O terceiro filho do traidor que estava frequentando a escola na Academia tinha felizmente escapado para outro país e a esposa do traidor ainda não tinha sido encontrada por três dias. Graças a isso, a vida dos traidores foi estendida por vários dias e porque deixá-los na residência do conde enquanto os monitoravam era um desperdício de mão-de-obra, então todos foram levados para a prisão.
No quarto dia, Hugo recebeu um relatório de Dean afirmando que ele havia encontrado um dispositivo que levava a uma área secreta.
“Você entrou?”
“Eu não verifiquei dentro como você ordenou, meu senhor.”
Com o passar do dia, então dois, depois três, Hugo ficou curioso sobre a mulher que se escondeu tão profundamente. Ela definitivamente não tinha deixado a mansão. Atualmente, a segurança na capital era rigorosa e qualquer um suspeito definitivamente se destacaria. Como ela não tinha ninguém ajudando ela, uma nobre que tinha vivido uma vida fácil, não seria capaz de se esconder sem deixar rastros. Portanto, Hugo percebeu que havia um local secreto na mansão e que ela estava escondida lá. Ele disse a seus subordinados que se tal lugar fosse encontrado, eles deveriam imediatamente avisá-lo em vez de vasculhar através dele.
Ele levou apenas alguns cavaleiros com ele e foi para a casa deserta do Conde de Matin. Enquanto Hugo observava Dean manipulando o dispositivo para revelar a escuridão atrás, seus olhos vermelhos se estreitavam ligeiramente. Um cavaleiro acendeu sua tocha, diminuindo a escuridão.
Hugo olhou em volta com interesse. A área secreta habilmente feita era impressionante. Depois de descer por um tempo, eles chegaram a uma câmara com paredes mal iluminadas. Ao encontrar a sombra de uma pessoa deitada no canto, os passos de Hugo pararam.
Ele parou seus cavaleiros atrás dele, pegou uma tocha e se aproximou da sombra. Não houve movimento da mulher que estava deitada, com o corpo enrolado. Hugo levantou a tocha mais alto para iluminar os arredores. A cama temporária em que a mulher estava era feita de várias camadas de cobertores e os sacos de couro ao redor estavam cheios de comida seca. Ele também viu um pacote de roupas.
‘Acho que é um abrigo preparado.’
A família do Conde de Matin não sabia da existência deste lugar. Ficou claro que a mulher tinha preparado tudo isso sozinha. Não era possível que ela soubesse do extermínio do Conde de antemão. Então por quê? Os olhos vermelhos de Hugo olhou para a figura dormente da mulher.
‘Interessante.’
A luta da mulher era intrigante. Hugo não conseguia entender a paixão da mulher pela vida. Este era um mundo chato e tedioso. Se a mulher teve um filho, então ele poderia ver o porquê, mas tanto a empregada que serviu ela e o médico encarregado de seus tratamentos disseram que ela era infértil.
[Ela é definitivamente infértil. Mesmo que ela não fosse infértil, seu marido tem sido incapaz de ter filhos por alguns anos.]
Sem sequer ser perguntado, o médico falou sobre a disfunção sexual do Conde Matin. Era como se o médico pensasse que provar a infertilidade da Condessa salvaria a vida da Condessa. Nunca foi bom se envolver com alguém que tinha sido pego em um complô de traição, mas o médico parecia estar mais preocupado com a situação da Condessa do que com medo.
Parecia uma contradição para uma mulher que era apoiada pelas pessoas ao seu redor ter encontrado uma rota para escapar sozinha, abandonando seu marido e filhos, mesmo que as crianças não fossem realmente dela. A vida de uma mulher que escolheu o status de uma fugitiva valia a pena ser tão obcecada?
Hugo pesquisou em suas memórias, verificando se ele se lembrava de uma mulher chamada Condessa de Matin. Ele tinha uma boa memória, mas não se lembrava de pessoas que não tinha uma impressão, ou simplesmente passava sem falar com ele. Ele não se lembrava da Condessa de Matin.
Hugo se afastou da mulher.
Quando seu senhor começou a subir as escadas sem dizer nada, os cavaleiros seguiram silenciosamente também. Depois de terem saído completamente do espaço secreto, Hugo ordenou:
“Você não viu nada hoje.”
O cavaleiro simplesmente aceitou sem fazer perguntas.
“Pegue um corpo feminino, coloque algumas roupas nobres nele e jogue-o na floresta. A cor do cabelo deve pelo menos ser semelhante.”
Hugo se sentiu um pouco misericordioso e decidiu salvar um membro da família do traidor, dando-lhe uma chance de escapar. Foi por capricho, mas ele mesmo não sabia por quê. Já que ela queria tanto viver, por que não deixá-la tentar. Uma nobre que tinha desfrutado de uma vida agradável e fácil. Quanto tempo ela poderia suportar? Havia algum cinismo misturado dentro dele.
“No entanto, não relaxe em rastrear aquele maldito terceiro filho.”
Ele podia permitir que uma mulher infértil, sem filhos, traidora vivesse, mas uma criança era impossível. Sua crença habitual era nunca deixar uma brasa para trás.
No dia seguinte, todos os membros da família Conde Matin foram executados.
* * * * *
Cerca de um mês depois, Hugo participou de um evento onde o rei intimidava os nobres, chamando-a de uma festa como pretexto, então algum tempo depois da meia-noite, ele estava a caminho de casa. Enquanto passava pela mansão de um nobre, ele viu uma sombra pela janela e de repente ficou curioso.
‘Aquela mulher. Ela deve ter escapado, certo?’
Ele fez sua carruagem mudar de direção para a residência do Conde de Matin. A residência do Conde era agora uma visão sombria e só ficou mais sombria à medida que a noite ficava mais densa. Hugo manipulou o dispositivo, abrindo o espaço secreto e indo para baixo. Sentindo a presença de várias pessoas, as pequenas criaturas se espalhando rapidamente no escuro. Quando ele acendeu a tocha e olhou em volta, não havia ninguém à vista, apenas ratos.
Embora ele já tivesse adivinhado que ela teria ido embora, Hugo sentiu-se vazio por alguma razão. Ele lentamente olhou ao redor e encontrou traços mostrando que alguém tinha estado aqui até poucos dias atrás.
‘Ela ficou neste lugar por mais de um mês?’
Ele admirava sua extrema paciência e tenacidade. Ele não esperava tais atributos de uma condessa que era uma princesa. Ele não podia deixar de se perguntar o que no mundo lhe tinha dado tanta sustentação. Era apenas o desejo de viver?
“Deve haver uma passagem para fora daqui. Encontrem-no.”
Os cavaleiros vasculharam os arredores, manipularam um dispositivo e encontraram uma passagem escura. Hugo e seus cavaleiros caminharam ao longo do estreito caminho do túnel por um bom tempo. Quando finalmente chegaram ao outro lado, um de seus cavaleiros disse que eles estavam em um cemitério público nos arredores da capital.
A luz no céu era fraca. Como era um cemitério, a área era completamente vazia de pessoas, nem mesmo sombras podiam ser encontradas. Hugo olhou para o sol da manhã que estava brilhando luz sobre o cemitério.
“Nós rastreamos?”
“… Não há necessidade.”
Este foi o resultado de sua curiosidade inútil. Hugo decidiu parar aqui fazendo coisas que eram diferentes de si mesmo. Não importa como a mulher viveria depois disso, era um assunto que tinha deixado suas mãos.
Sua carruagem estava na residência do Conde. Em vez de esperar que um de seus cavaleiros trouxesse um veículo para ele andar, ele decidiu usar a passagem e voltar. Hugo se virou, prestes a ir para a entrada da passagem, mas então ele parou e se abaixou. Ele limpou uma pilha de escombros e uma pequena caixa de joias de madeira, geralmente usada por nobres, foi revelada por baixo. Ele abriu a tampa e riu. Os anéis e colares amontoados dentro da caixa não pareciam itens muito caros.
Deve ser um fundo de fuga. Então ela escondeu todas as bugigangas aqui em vez de carregá-la em seu corpo. Julgamento inteligente.
Quando ele estava prestes a cobri-lo novamente, o olhar de Hugo caiu em seu colarinho esquerdo. Havia um broche preso no colarinho de seu casaco. Tinha duas pequenas joias vermelhas embutidas nela. Era um ornamento que representava o senhor da Casa Ducal de Taran.
Hugo arrancou o broche do peito. Era mais valioso do que vários dos anéis na caixa de joias. Ele jogou na caixa sem hesitar, fechou a caixa, colocou de volta onde estava originalmente e até empilhou as pedras como antes.
Hugo ficou agachado assim por um tempo. Ele sacudiu seus pensamentos, sentindo-se estranho e levantou-se. Então ele sem hesitação começou a entrar no túnel escuro. Seus cavaleiros imediatamente seguiram atrás dele. Suas figuras rapidamente desapareceram na escuridão.
Três anos depois, Hugo recebeu uma denúncia de que Bruno Matin, o terceiro filho do traidor, foi capturado e executado no local. O terceiro filho do Conde Matin, que estava fugindo da unidade de rastreamento com sua aparição repentina e desaparecimentos foi um tópico quente no círculo social por um período considerável de tempo, mas com o passar do tempo, a atenção das pessoas se voltou para outro lugar. E assim, a morte de Bruno Matin foi silenciosamente enterrada.
_________________________________________________________
Tradução: Sa-chan
Revisão: Roger
Obrigada pela leitura. ^-^