Lucia (Novel) - Extra 3.4
Felizes para sempre – Parte (IV)
Um grupo de pessoas se aproximou da sala de conferências no final do corredor. Quando o Duque de Taran, o Chefe da Central, apareceu liderando oficiais centrais, a atmosfera na sala de conferências mudou. Os cavaleiros de guarda em frente à sala de conferências ficaram mais eretos e havia uma estranha tensão no ar.
O Duque de Taran tornou-se um verdadeiro poder autoritário enquanto servia como chefe da administração central. Quando ele entrou na casa dos trinta anos, sua experiência envelheceu com ele e sua aura ficou mais digna. Mas, ao mesmo tempo, sua aura coexistia com a sensação de ser “áspera ao redor das bordas.”
Marquês DeKhan olhou para o Duque de Taran, cuja figura estava se aproximando cada vez mais, então ele olhou para o Conde de Taran. Suas aparências eram semelhantes, mas pai e filho tinham atmosferas muito diferentes.
O Duque de Taran era como uma besta selvagem. Havia violência, dormente naqueles olhos vermelhos dele, semelhante a um caçador olhando despreocupadamente para a presa ao seu redor, logo depois de ter comido sua presa. Fez você temer por quando ele pode correr e arrancar sua garganta.
Por outro lado, seu filho cresceu entre as pessoas, então ele era como uma besta humana amiga. Parecia que ele pelo menos te daria um aviso antes de atacar e te morder.
Na verdade, se você olhasse para Damian separadamente, ele definitivamente não era a pessoa mais fácil de se aproximar. Sua personalidade era fria, ele era apenas apropriadamente cortês e estabeleceu uma distância definida com as pessoas para que elas não pudessem se aproximar além disso. No entanto, em comparação com Hugo, havia espaço para dar um passo à frente com Damian.
Aqueles que queriam apoiar o poder do Duque de Taran foram atrás de seu filho, conde Taran, em vez do próprio Duque. Ao contrário de Hugo, que ignorou tudo, Damian respondeu educadamente. Mas, de perto, não havia diferença.
Seja Hugo ou Damian, ambos eram os mesmos em não ter interesse em pessoas fora de seu círculo. A razão pela qual Damian era educado com pessoas patéticas com quem ele nem queria se preocupar, era porque houve momentos em que sua mãe viu seu esforço e o elogiou porque ela estava muito satisfeita. Damian sempre tentou o seu melhor para não agir contra os ensinamentos de sua mãe.
Hugo entrou na sala de conferências sem olhar para seu filho, que estava parado no corredor. Normalmente, sempre que as pessoas testemunhavam a dura distância entre pai e filho ou sua maneira rígida de falar, admiravam o Duque de Taran por educar bem seu sucessor.
Como duque Ramis e Marquês DeKhan também foram para a sala de conferências, as pessoas no corredor diminuíram e os dois jovens permaneceram parados lá.
“Todo mundo sempre traz à tona essa história quando me vê.”
Bruno resmungou. Ele ficava ouvindo a mesma coisa várias vezes, então ele estava irritado até a morte. Sua expressão era torta, com uma pitada de cinismo.
“Não faça isso de novo. Esta foi a primeira vez, então ela passou de alguma forma, mas se você fizer isso de novo, você vai ser marcado.”
“Eu sei.”
Bruno também estava ciente de que o que ele tinha feito não era um pequeno erro. Mas na época, ele não conseguia se conter.
Aconteceu na época em que ele foi para a sala de descanso para evitar os pedidos de dança que estavam surgindo apesar de sua constante recusa. Ele ouviu a filha de algum conde tagarelando sobre alguma coisa, mas ele não sabia nem se lembrava do nome dela.
[Como todos sabem, quase não há casos de uma criança ilegítima assumindo uma família. Quem sabe o que acontecerá quando a Duquesa der à luz um filho.]
Era um fato amplamente conhecido que Damian não era o filho biológico da Duquesa. Quando Damian estreou no círculo social, tornou-se um tema muito quente.
Quando as pessoas se reuniram, falaram sobre o sucessor do Duque de Taran. Muitos ficaram desconfortáveis com a decisão do Duque de ter um filho ilegítimo sucedendo-o. Não havia famílias nobres respeitáveis que não tiveram filhos ilegítimos entrando no registro familiar e era uma dor de cabeça comum ter um filho ilegítimo com capacidade superior ganhar a confiança do chefe da família sobre o herdeiro qualificado.
Em Xenon, a posição das crianças ilegítimas era vaga. Comparado com outros países que nem sequer tratam crianças ilegítimas como seres humanos, Xenon era generoso. Não havia limites para o número de ilegítimos que poderiam ser inseridos no registro familiar, e enquanto a criança ilegítima estivesse no registro, eles eram tratados como qualificadas. O que era engraçado, no entanto, era que em outros países, não era muito incomum ver uma criança ilegítima suceder a família.
No entanto, Xenon era muito conservador quando se tratava de tais assuntos. Mesmo que seu único descendente fosse uma criança ilegítima que foi inscrita no registro, eles adotariam um parente e fariam o parente herdar a família. A existência de Damian era um desafio para o costume profundamente enraizado em Xenon.
Os olhares desconfortáveis que foram enviados para Damian diminuíram com o tempo. As nobres foram cautelosas porque a afeição da Duquesa por Damian permaneceu inalterada enquanto outras pessoas foram cuidadosas com suas palavras porque sabiam que o Duque fazia o que queria fazer, sem se importar com o que as pessoas diziam.
No entanto, quando um cavalheiro com uma aparência encantadora como o Duque de Taran, mas maneiras educadas diferentes do Duque, começou a capturar os corações das nobres damas, Damian tornou-se Shyta da Academia.
Inicialmente, os alunos de Ixium, eram geralmente segundos filhos da família e abaixo. Os sucessores foram ensinados por tutores especializados e, em seguida, construíram suas conexões indo a reuniões ou festas sociais. No entanto, isso mudou, e os sucessores também começaram a frequentar Ixium.
A reputação de Ixium aumentou tremendamente ao longo dos anos, quando ficou claro que o status da academia seria uma figura central no poder de cada país no futuro. As pessoas começaram a ver Damian que havia se tornado Shyta, como um indivíduo com excelentes capacidades.
Agora, neste momento, não havia ninguém que clamasse sobre o estado de nascimento de Damian. Tornou-se uma regra não declarada não tocar no assunto mesmo que você soubesse. No entanto, Bruno ficou revoltado com a filha do Conde, que arrogantemente trouxe à tona detalhes desagradáveis como tema de conversa. Nesse momento, algo surgiu dentro dele e ele pegou um coquetel da bandeja do servo e esvaziou na cabeça da garota.
Bruno sabia que Damian não se importaria mesmo que ouvisse tal conversa pessoalmente. Seu amigo era um cara interessante que não tinha a menor melancolia sobre a fraqueza de seu estado de nascimento. Mas ainda assim, não era exatamente algo bom para falar, então Bruno manteve a boca fechada sobre por que ele fez isso.
“Eu odeio aquelas garotas que dizem o que querem.”
“Lá vai você de novo.”
Quando Damian franziu a testa, Bruno deu um meio sorriso, “meu defeito”.
“Eu sei que você não faria isso sem motivo.”
O Bruno que Damian conhecia pode não ser a pessoa mais amigável, mas não era possível para ele fazer tal coisa sem razão, então Damian adivinhou que a filha do Conde deve ter feito algo muito rude.
“Mas minha mãe está certa. Você está em uma posição onde você tem que considerar as coisas com mais cuidado.”
Quando a Duquesa foi citada, os olhos azuis afiados de Bruno ficaram quentes.
“Mamãe* está sempre certa.”
“Isso é verdade.”
Os dois jovens acenaram seriamente um para o outro enquanto diziam algo que faria as pessoas rirem se ouvissem.
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*Sa-chan: sim ele considera ela como mãe.
Tradução: Sa-chan
Revisão: Roger
Obrigada pela leitura. ^-^