Lucia (Novel) - Extra 7.1
O Começo de toda a História – Parte (I)
Ele nasceu, o terceiro filho da família Hawkes do Império Madoh. A família Hawkes era uma casa distinta conhecida por sua linhagem notável que produziu grandes magos por gerações. Em um mundo onde o poder mágico inato era uma medida de poder e autoridade, a família Hawkes estava em posição de presidir a ordem.
No entanto, ele era uma variante que não merecia ter o nome da grande família Hawkes. Ele tinha um poder mágico fraco desde o nascimento e não melhorou mesmo quando ficou mais velho. Enquanto seus pais e irmãos trilhavam o caminho dos magos de primeira classe, ele não conseguiu lançar a magia mesmo para uma pequena chama e ficou para trás.
Seus pais e seus irmãos o consideravam a vergonha de sua família. Ele foi negligenciado por seus pais e foi alvo de assédio por seus irmãos. As brincadeiras maliciosas de seus irmãos pioraram com o tempo e chegaram ao ponto de ameaçar sua vida.
Quando ele acordou depois de estar em coma por alguns dias, ele foi banido da casa. Seus pais não queriam que surgissem fofocas inúteis sobre irmãos matando uns aos outros, então eles decidiram apagar o problema da raiz. Então, sob o pretexto de recuperação, ele partiu para o exílio em uma vila remota de propriedade familiar. Isso aconteceu quando ele tinha dez anos.
Ele havia sido abandonado, mas agora podia desfrutar de uma vida muito mais tranquila. A antiga vila era tão remota que as pessoas de sua família quase não conseguiam encontrá-la e se tornou sua casa. Não havia ninguém para atormentá-lo e ninguém que o visse como um bicho.
Os moradores da vila próxima nunca tinham visto um personagem nobre antes e estavam com medo devido a todos os terríveis rumores em torno da aparência de um nobre, mas gradualmente esqueceram seu medo quando ele não causou nenhum problema.
Embora seu poder mágico não fosse nada para valorizar, ele era muito experiente, então ele foi capaz de fornecer a solução para muitos problemas difíceis. Os moradores gradualmente esqueceram o medo da nobreza e, com o passar do tempo, começaram a seguir o sábio jovem nobre.
Ele não podia usar magia, mas não vacilou em colocar o conhecimento em sua cabeça. Ele realmente gostava de ler livros, adquirir novos conhecimentos e explorar verdades com imaginação ilimitada. Uma vez perdido em pensamentos, nunca percebeu o passar do dia nem o nascer do sol, ele estava simplesmente absorvido nele. Seu conhecimento era infinitamente profundo em todos os sentidos, além de sua magia humilde.
* * * * *
Ele estava imerso em um mundo de imaginação infinita. Em sua cabeça havia um espaço feito para a busca da verdade. Em sua mente, seus pensamentos se dividiram e se espalharam como as raízes de uma árvore.
“Jovem mestre!”
Ele foi acordado assustado por um grito feroz. Ele sentiu como se estivesse prestes a ter algo em suas mãos, então era realmente uma pena. Ele franziu a testa para a mulher gorda de meia-idade ao lado dele.
“Martha! Eu lhe disse para não me incomodar.”
“Eu não faria se você se comportasse com moderação. Você está assim desde ontem à noite e o sol já está alto no céu hoje! Faça o que fizer, eu não me importo, mas você tem que comer!”
Exclamou Martha.
Vendo Martha lançando-lhe um olhar severo com as mãos na cintura, ele sorriu desanimado. Martha estava obcecada em garantir que ele estivesse comendo corretamente e não tolerava que ele pulasse mais de duas refeições.
‘Eu não vou morrer mesmo se eu não comer. Por que ela não consegue entender?’
Mesmo que seu poder mágico fosse escasso, sua linhagem inata era tão excepcional que ele ficaria bem mesmo que passasse fome por uma semana. No entanto, Martha achava que o jovem mestre de quem ela cuidava desde criança era muito fraco, então, mesmo tendo agora quinze anos, ele ainda era tratado como uma criança.
“Tudo bem, eu entendi. Eu vou comer.”
Ele se levantou resmungando. Embora tenha sido interrompido, não conseguiu ficar bravo com Martha. Para ele, que havia sido abandonado pelos pais e irmãos, Martha era sua única família. Ele nunca pensou que Martha fosse humilde porque ela era uma plebeia.
* * * * *
“Por que o jovem mestre ainda não está aqui? Já passou da hora das refeições.”
Martha murmurou para si mesma e foi procurar o jovem mestre. Não importa quantos anos ele tenha, os maus hábitos do jovem mestre não davam sinais de melhorar. Ela teve que persegui-lo para comer como uma criança de quatro anos, e mesmo assim, ele só comia uma refeição.
Martha sentiu um grande senso de responsabilidade em garantir que o jovem mestre comesse adequadamente. Martha procurou o jovem mestre em lugares onde ele provavelmente estaria. Felizmente, havia apenas alguns lugares que ele visitava com frequência. Na maioria das vezes, ele estava em seu escritório e, se o tempo estava quente, ele andava pelo quintal ou às vezes ia um pouco mais longe e sentava-se sob a árvore na colina baixa atrás da vila.
Como ele não estava no escritório ou no quintal, só restava um lugar. Enquanto ela subia a colina, ela encontrou outro aldeão que estava passando.
“O jovem mestre está sentado lá em cima.”
A pessoa sabia quem Martha estava procurando, então imediatamente lhe disse onde estava o jovem mestre.
Martha andou mais rápido e chegou ao topo da colina. E lá, ela encontrou o jovem mestre sentado, debaixo da enorme árvore, com os olhos fechados. Ele provavelmente não estava dormindo. O jovem mestre estava sempre nessa posição quando estava perdido em seus pensamentos.
Martha se aproximou, planejando gritar bem alto para tirar o jovem mestre de seus pensamentos, mas quando chegou perto o suficiente e viu a expressão gentil em seu rosto, ela parou. Não se sabia o que o jovem mestre estava pensando, mas havia um sorriso brincalhão em seus lábios.
Martha não queria atrapalhar o bom humor dele, então ela decidiu apenas se sentar. Mas talvez ela tenha se sentido um pouco mal porque ela se sentou fazendo barulho, mas o jovem mestre não pareceu ouvir nada e não se moveu um centímetro. Então, novamente, esta era a mesma pessoa que ela teve que gritar várias vezes antes que ele finalmente a ouvisse e acordasse, então isso era esperado.
‘Ele cresceu muito, não é?’
Martha olhou novamente para a imagem do jovem mestre adulto. Como o jovem mestre já tinha dezoito anos, não havia sinais de um menino em seu rosto. Seu cabelo preto, que não podia ser encontrado entre pessoas comuns como ela, lembrou-lhe a diferença entre eles.
Martha ficava espantada cada vez que via os cabelos negros e os olhos negros do jovem mestre. E ela esqueceu que o jovem mestre era uma daquelas pessoas nobres assustadoras. O jovem mestre era um bom homem com um coração caloroso.
‘Ele é uma pessoa lamentável.’
Martha simplesmente não conseguia entender o comportamento dos nobres que abandonavam seu filho ou irmão sem qualquer hesitação. Se seu filho era fraco, você deve protegê-lo e cuidar dele ainda mais. Não era assim que um pai deveria agir?
‘Apesar de tudo isso, ele cresceu muito bem.’
Martha ficava cheia de satisfação toda vez que via o jovem mestre que havia crescido graciosamente. As donzelas da aldeia que não conheciam seu lugar estavam de olho no jovem mestre, mas nem deveriam se preocupar em cobiçar o impossível. Ele não era alguém que aquelas garotas rurais impensadas deveriam desejar. O jovem mestre ia ter uma mulher virtuosa e bonita como esposa, ter um filho e uma filha e viver feliz para sempre.
Depois de observar o jovem mestre com contentamento por algum tempo, sinais de tédio começaram a aparecer no rosto de Martha. Ela estava sentada lá sem fazer nada por um tempo, então ela estava se sentindo impaciente e com fome. No final, Martha não aguentou e chamou.
“Jovem mestre.”
Como esperado, ele estava muito perdido para ouvir qualquer coisa, mesmo que ela gritasse uma ou duas vezes. Então Martha gritou.
“Jovem mestre!”
Ele abriu os olhos como se tivesse acordado assustado.
“Marta. Já está na hora do almoço?”
“Já passou a um bom tempo, na verdade. Eu estive esperando por você, jovem mestre. Você sabe como estou com fome?”
“É por isso que eu disse que você deveria ir em frente e comer primeiro.”
“Qual é a graça de comer sozinha?”
“… Você come por diversão?”
Ele levantou. Martha era do tipo que responde com duas palavras quando você diz uma palavra, então ele aprendeu a apenas dizer que entendia, não importa o que acontecesse, caso contrário, ele seria pego pelas reclamações de Martha.
_________________________________________________________
Tradução: Sa-chan
Revisão: Roger
Obrigada pela leitura. ^-^